As vantagens e desvantagens da energia solar

07/02/2022

Com o crescente aumento das tarifas de energia cobradas pelas concessionárias de energia, tornou-se cada vez mais viável o consumidor se tornar protagonista e gerador da sua própria energia, mas por mais que os benefícios sejam em maior quantidade ainda há motivos que não favorecem a implementação de usinas fotovoltaicas por um número ainda maior de pessoas no território nacional. Listaremos as principais vantagens e desvantagens da energia solar fotovoltaica abaixo.

VANTAGENS DA ENERGIA SOLAR

UM RECURSO TOTALMENTE RENOVÁVEL

A energia fotovoltaica é uma forma de ajudar para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ela se enquadra na ODS 7 da ONU que é sobre “Energia Acessível e Limpa”. Com uma usina fotovoltaica não há liberação de nenhum tipo de componente no meio ambiente que possa prejudicá-lo, o que a torna limpa e não poluente.

É SILENCIOSA E NECESSITA POUCA MANUTENÇÃO

O fato de ser silenciosa e necessitar pouca ou quase nenhuma manutenção são pontos muito positivos para a implementação da usina fotovoltaica. Havendo uma instalação adequada com equipamentos de qualidade é bem possível que as manutenções sejam a cada 4 ou 6 meses apenas para a limpeza das placas com o objetivo de impedir que o acúmulo de sujeira e poeira interfira na geração.

Com relação ao som, não há poluição sonora, diferente de outras fontes de energia limpa, exemplo a eólica, que possui uma certa poluição sonora das pás que movimentam e são ligadas ao gerador que realiza a transformação da energia.

DIMINUI A SUA CONTA DE ENERGIA (ATÉ 95%)

Se não a maior, essa é uma das maiores vantagens observadas por quem pretende implantar ou já possui uma usina fotovoltaica. 

Se projetada de maneira que gere todo o consumo mensal da(s) unidade(s) consumidora(s), caberá ao consumidor o pagamento apenas do valor mínimo de conta estabelecido pela concessionária. Ou seja, por maior valor que seja a sua conta de energia pagará apenas o valor mínimo, o que explica essa possível diminuição da conta em até 95%.

Um exemplo: Uma família possui um consumo médio mensal de 500 kWh/mês em sua residência de distribuição monofásica, o que gera uma conta por volta de R$476,00. Caso a usina fotovoltaica cubra esse consumo médio mensal a conta ficaria por volta de R$44,00. Uma economia de cerca de 90,75%.

OCUPA POUCO ESPAÇO E VALORIZA A CASA

Outro ponto favorável é o espaço ocupado por uma usina fotovoltaica, o telhado. O telhado é um espaço que não costuma ser utilizado nas residências, logo, implantar uma usina fotovoltaica é uma forma de usar um ambiente que não se costuma utilizar de uma forma produtiva e eficiente.

Além disso,  valoriza a casa automaticamente com a implantação, pois em caso de venda ou aluguel, a residência já possui uma forma própria de economia de energia, o que agrega bastante ao valor do imóvel.

ENERGIA SOLAR É UM ÓTIMO INVESTIMENTO

O último dos benefícios listados por nossa equipe é o fato da implantação de uma usina fotovoltaica ser um investimento com maiores ganhos do que a maioria dos investimentos bancários. 

Uma usina solar bem instalada e com materiais de qualidade possuem uma vida útil de 25 anos e com um payback em 1/6 desse tempo (3/4 anos) significa que terá 21 anos em média de lucro com uma rentabilidade grande pois não necessitará se preocupar com o constante aumento das tarifas de energia elétrica pelas concessionárias caso mantenha a média de consumo projetada na geração.

DESVANTAGENS DA ENERGIA SOLAR

ALTO CUSTO DE AQUISIÇÃO

O custo da energia solar fotovoltaica no Brasil já diminuiu muito nos últimos anos, porém mantém-se alto devido principalmente ao fato da maioria dos módulos serem importados de países da Europa e Ásia, principalmente China.

Com isso, os fornecedores de materiais ficam à mercê dos preços cobrados pelas gigantes empresas que produzem os principais materiais de uma usina fotovoltaica, módulos e inversores.

BAIXA CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO

A baixa capacidade de armazenamento é uma desvantagem da energia solar fotovoltaica. Atualmente, a forma mais usada de “armazenamento” no Brasil é a injeção do excedente de energia produzido na rede elétrica urbana da concessionária de forma que gere crédito na conta de energia. Entretanto, quando se tem uma queda da energia proveniente da concessionária, há a queda de energia na residência embora ela tenha geração própria. Ou seja, é um armazenamento que não lhe é permitido utilizar quando quiser, exceto que seja realizado um segundo projeto que armazene a energia elétrica em baterias. Entretanto, além de ainda mais caro um sistema desse tipo, as baterias não possuem uma grande capacidade de armazenamento, o que costuma torná-las não viáveis.

FALTA DE INCENTIVO À ENERGIA SOLAR NO BRASIL

E por fim, a última desvantagem que é a falta de incentivo no Brasil. Embora vários bancos possuam linhas de crédito especiais para a implantação de energia solar fotovoltaica, não há um incentivo claro e vistoso para a sociedade.

Além disso, por meio de pressão até das concessionárias, o governo brasileiro aprovou neste ano a taxação da energia gerada distribuída (abaixo na seção bônus, explicamos um pouco sobre a lei aprovada). Portanto, embora por um lado tenha pequenos incentivos, ainda não é o suficiente para que seja explorado todo o potencial solar que um país como o nosso possui.

BÔNUS: A LEI 14.300/22

A Lei 14.300/22 sancionada pelo presidente da república e publicada no Diário Oficial da União em 07/01/2022 instituiu o marco legal da micro e minigeração de energia no Brasil. Decorrente desse processo, algumas regras foram alteradas e começarão a valer a partir de 2023. Entre elas, está a taxação da energia gerada sobre a distribuição, ou seja, os geradores pagarão as tarifas estabelecidas pela ANEEL.

Entretanto, tem-se a parte boa. Consumidores que instalarem o sistema fotovoltaico (com isso quero dizer, protocolar o projeto junto à concessionária) até 06 de janeiro de 2023, obterão isenção dessa tarifa até 2045.

Autor: Jeiel Carvalho, colaborador do núcleo de sistemas elétricos.

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